Fotografar é uma Viagem

UM LUGAR ONDE FUI FELIZ

Neste projeto, procurei capturar a despedida da minha avó da casa na qual viveu todos os seus anos de casada. Depois do falecimento do meu avô, a demência da minha avó piorou dia após dia e foi necessário trazê-la para perto das suas filhas — a minha mãe e a minha tia. Isto não foi uma despedida apenas para a minha avó, de uma casa que aos poucos lhe foi escapando da memória tornando-se cada vez menos familiar, mas também para mim. Foi nesta casa que passei praticamente toda a minha infância entre férias escolares e outros momentos em que precisava de alguém que cuidasse de mim. Tornou-se na minha segunda casa — um sítio onde fui realmente feliz.

Beatriz Gomes

UM LUGAR ONDE FUI FELIZ

Neste projeto, procurei capturar a despedida da minha avó da casa na qual viveu todos os seus anos de casada. Depois do falecimento do meu avô, a demência da minha avó piorou dia após dia e foi necessário trazê-la para perto das suas filhas — a minha mãe e a minha tia. Isto não foi uma despedida apenas para a minha avó, de uma casa que aos poucos lhe foi escapando da memória tornando-se cada vez menos familiar, mas também para mim. Foi nesta casa que passei praticamente toda a minha infância entre férias escolares e outros momentos em que precisava de alguém que cuidasse de mim. Tornou-se na minha segunda casa — um sítio onde fui realmente feliz.

Beatriz Gomes

UM LUGAR ONDE FUI FELIZ

Neste projeto, procurei capturar a despedida da minha avó da casa na qual viveu todos os seus anos de casada. Depois do falecimento do meu avô, a demência da minha avó piorou dia após dia e foi necessário trazê-la para perto das suas filhas — a minha mãe e a minha tia. Isto não foi uma despedida apenas para a minha avó, de uma casa que aos poucos lhe foi escapando da memória tornando-se cada vez menos familiar, mas também para mim. Foi nesta casa que passei praticamente toda a minha infância entre férias escolares e outros momentos em que precisava de alguém que cuidasse de mim. Tornou-se na minha segunda casa — um sítio onde fui realmente feliz.

Beatriz Gomes

O Cabo Esquecido

Há quase meio século que meus irmãos e eu visitamos o Cabo Mondego, inserido na Bacia Lusitânica e envolvido pela Serra da Boa Viagem. Nessas visitas, fosse através de actividades escolares, com o agrupamento dos Escuteiros ou em passeios, aprendemos a admirar a importância dos fósseis do Jurássico Médio. Nos últimos 200 anos, no coração do Cabo, laborou uma indústria pesada de carvão, cal, cimento e uma pedreira. Apesar disso, em 2007, o Cabo Mondego foi classificado como Monumento Natural, reconhecendo assim uma zona geológica de 76 hectares, sem igual em Portugal e de importância mundial. O complexo industrial foi encerrado a 15 de Março de 2013. No entanto, os seus edifícios, significativos para a arqueologia industrial, por lá ficaram, degradando-se, num total esquecimento. Em Setembro de 2022, a CMFF chegou a acordo com a Inter-Cement para a compra das instalações e área envolvente, mas que não chegou a consumar-se por razões políticas, ficando o Cabo Mondego, uma vez mais, olvidado, adiando a sua ancestral ligação entre a Terra e o Mar, entre a Natureza e a Humanidade. Este projecto representa, antes de tudo, uma extraordinária esperança, a luz guia do farol do Cabo, para que as entidades competentes (e todos nós) reflitam e invistam na preservação do meio ambiente. Paulo Madureira Março/Abril 2024

Paulo Madureira

O Cabo Esquecido

Há quase meio século que meus irmãos e eu visitamos o Cabo Mondego, inserido na Bacia Lusitânica e envolvido pela Serra da Boa Viagem. Nessas visitas, fosse através de actividades escolares, com o agrupamento dos Escuteiros ou em passeios, aprendemos a admirar a importância dos fósseis do Jurássico Médio. Nos últimos 200 anos, no coração do Cabo, laborou uma indústria pesada de carvão, cal, cimento e uma pedreira. Apesar disso, em 2007, o Cabo Mondego foi classificado como Monumento Natural, reconhecendo assim uma zona geológica de 76 hectares, sem igual em Portugal e de importância mundial. O complexo industrial foi encerrado a 15 de Março de 2013. No entanto, os seus edifícios, significativos para a arqueologia industrial, por lá ficaram, degradando-se, num total esquecimento. Em Setembro de 2022, a CMFF chegou a acordo com a Inter-Cement para a compra das instalações e área envolvente, mas que não chegou a consumar-se por razões políticas, ficando o Cabo Mondego, uma vez mais, olvidado, adiando a sua ancestral ligação entre a Terra e o Mar, entre a Natureza e a Humanidade. Este projecto representa, antes de tudo, uma extraordinária esperança, a luz guia do farol do Cabo, para que as entidades competentes (e todos nós) reflitam e invistam na preservação do meio ambiente. Paulo Madureira Março/Abril 2024

Paulo Madureira

O Cabo Esquecido

Há quase meio século que meus irmãos e eu visitamos o Cabo Mondego, inserido na Bacia Lusitânica e envolvido pela Serra da Boa Viagem. Nessas visitas, fosse através de actividades escolares, com o agrupamento dos Escuteiros ou em passeios, aprendemos a admirar a importância dos fósseis do Jurássico Médio. Nos últimos 200 anos, no coração do Cabo, laborou uma indústria pesada de carvão, cal, cimento e uma pedreira. Apesar disso, em 2007, o Cabo Mondego foi classificado como Monumento Natural, reconhecendo assim uma zona geológica de 76 hectares, sem igual em Portugal e de importância mundial. O complexo industrial foi encerrado a 15 de Março de 2013. No entanto, os seus edifícios, significativos para a arqueologia industrial, por lá ficaram, degradando-se, num total esquecimento. Em Setembro de 2022, a CMFF chegou a acordo com a Inter-Cement para a compra das instalações e área envolvente, mas que não chegou a consumar-se por razões políticas, ficando o Cabo Mondego, uma vez mais, olvidado, adiando a sua ancestral ligação entre a Terra e o Mar, entre a Natureza e a Humanidade. Este projecto representa, antes de tudo, uma extraordinária esperança, a luz guia do farol do Cabo, para que as entidades competentes (e todos nós) reflitam e invistam na preservação do meio ambiente. Paulo Madureira Março/Abril 2024